quarta-feira, 7 de março de 2012

Comprimidos para dormir aumentam em mais 4,6 vezes o risco de morte súbita

Se toma comprimidos farmacêuticos para ajudar a aliviar a insónia, é muito provável que se esteja a colocar num sério risco de desenvolver cancro ou até mesmo morrer.

Um novo estudo publicado no BMJ Open, uma revista que faz parte do British Medical Journal, sugere que os pacientes que tomam várias benzodiazepinas, não-benzodiazepinas,barbitúricos e anti-histamínicos sedativos para insónia, apresentam mais  4,6 vezes  probabilidade de morrer , em média, dentro de dois anos e meio, do que aqueles que não tomam estes medicamentos.
 Mais de 33.000 pacientes foram avaliados no  estudo, dos quais quase um terço estava a tomar medicamentos para dormir como temazepam, zopiclone, zolpidem, ou zaleplon, entre outros.
Após o ajuste para outros factores de risco, a equipa descobriu que dentro de aproximadamente dois anos após o início da toma dos medicamentos para dormir, um em cada 16 pacientes morreram, enquanto apenas um em cada 80 pacientes que tomam estes medicamentos não morreu.
O risco de morte geral foi  530 % maior do que a taxa de morte para os que nada tomam, o que ilustra claramente um vínculo definitivo e causal entre comprimidos para dormir e aumento da mortalidade. E além de ter um risco aumentado de morte súbita, apresenta também um risco de cerca de 35 % de desenvolver cancro quando comparados com quem não toma nada.
Os estudos sugerem que em 2010, os hipnóticos (indutores do sono) podem ter sido associados a 320.000 a 507.000 mortes em excesso só nos EUA.

Os pacientes com insônia têm um número de opções alternativas de tratamento disponíveis que não envolvem estes medicamentos perigosos. Um estudo de 2006 publicado no Journal of the American Medical Association, por exemplo, descobriu que a terapia de comportamento cognitivo pode ser mais eficaz do que os comprimidos para aliviarem a insónia. 

O relaxamento é também uma ferramenta importante que pode aprender entre uma a duas sessões com um terapeuta.
Há também uma série de remédios alimentares e ervas que podem ajudar a remediar problemas de sono, incluindo raiz de valeriana, hortelã, camomila, maracujá, lavanda, o aminoácido L-glutamina, 5-hidroxitriptofano, e a hormona melatonina, entre outros.

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